Fundo Imobiliário: como funciona?

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Os fundos imobiliários (FIIs) são uma opção acessível e popular no Brasil. Com mais de 400 opções listadas na B3, eles permitem que você ou seu cliente invista no mercado imobiliário com valores menores.

Exemplos como o MXRF11, cotado a R$9,49 em julho de 2025, e o HGBS11, a R$19,90 (em julho de 2025), mostram a variedade disponível. 

Esses ativos oferecem renda mensal e exposição a um setor que movimenta mais de R$300 bilhões em patrimônio líquido, segundo o Funds Explorer.

Além da praticidade, os FIIs são uma ótima alternativa para quem busca investimento com liquidez e potencial de valorização. Ideal para iniciantes ou experientes, eles combinam segurança e retorno consistente.

O que você vai ver nesse artigo:

O que é um Fundo Imobiliário (FII)? 

fundo imobiliário

Imagine ter parte de um shopping ou receber renda de contratos de aluguel sem precisar administrar o imóvel. É assim que funcionam os FIIs, uma forma prática de investir no setor imobiliário de forma coletiva.

Definição e estrutura básica Um FII é um condomínio de investidores que compram cotas. O dinheiro arrecadado é usado para adquirir imóveis ou títulos relacionados ao mercado. Os rendimentos vêm dos aluguéis ou juros recebidos.

Principais características:

  • Funcionam como pequenos pedaços de propriedade
  • Distribuem pelo menos 95% dos lucros
  • São negociados na bolsa como ações

Diferença entre FIIs e outros investimentos imobiliários Comparado à compra direta de um imóvel, os FIIs oferecem vantagens distintas:

  • Valor de entrada: Enquanto um apartamento pode custar centenas de milhares, uma cota de MXRF11 sai por menos de R$10
  • Liquidez: Vender cotas na B3 (Bolsa do Brasil) é mais rápido que encontrar comprador para um imóvel físico
  • Diversificação: Com pouco capital, você pode ter exposição a diversos tipos de propriedades

Dados recentes mostram que cerca de 58% desses fundos estão negociados abaixo do valor patrimonial, segundo o Funds Explorer. Isso cria oportunidades interessantes para quem busca bons negócios.

Exemplos práticos:

  • HGBS11 – investe em shoppings centers (tijolo)
  • MXRF11 – focado em recebíveis imobiliários (papel)
  • SNAG11 – fundo FIAGRO com exposição ao agronegócio

Tipos de fundos imobiliários no Brasil 

No mercado brasileiro, os investidores encontram diferentes categorias de FIIs, cada uma com características próprias. 

Conhecer essas variações ajuda a montar uma carteira diversificada e alinhada aos seus objetivos.

Tijolo (imóveis físicos) vs. Papel (recebíveis) 

Os fundos de tijolo investem diretamente em propriedades, como shoppings ou galpões logísticos. 

Eles geram renda principalmente através de aluguéis. Já os de papel focam em títulos vinculados ao setor, como CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e LCI (Letra de Crédito Imobiliário), oferecendo pagamentos periódicos de juros.

Exemplos práticos:

  • GARE11: especializado em imóveis industriais, com patrimônio acima de R$1 bilhão
  • MXRF11: referência em recebíveis, com baixa volatilidade

Setores populares: shoppings, logística, lajes corporativas. Dados do Funds Explorer mostram que 27% dos FIIs atuam em logística, 15% em shoppings e 12% em escritórios. Cada setor responde de forma diferente aos ciclos econômicos.

Casos de destaque:

  • MALL11: rendimento de 8,5% nos últimos 12 meses
  • GLPL11: líder em armazéns inteligentes

FIAGRO e fundos de fundos 

O FIAGRO é uma modalidade recente que combina exposição ao agronegócio por meio de títulos e imóveis rurais. O SNAG11, por exemplo, oferece exposição ao setor com baixo risco.

Já os fundos de fundos, como o EXES11, investem em outros FIIs. Essa estratégia proporciona diversificação automática, ideal para quem busca praticidade.

O setor de saúde também cresceu significativamente em 2024, com opções como HUSC11 ganhando espaço. Essas alternativas mostram como o mercado está se tornando mais variado.

Como funciona o investimento em FIIs 

como funciona fundo imobiliário

Entender o passo a passo para investir nesse mercado é mais simples do que parece. Desde a compra das cotas até o recebimento dos rendimentos, tudo acontece de forma prática e transparente.

Comprando cotas na bolsa de valores 

O primeiro passo é abrir uma conta em um home broker. Depois, basta buscar pelo código do ativo, como MXRF11 ou HGBS11, e fazer o pedido de compra. O processo é igual ao de ações.

Dados mostram que alguns fundos têm alta liquidez. O MXRF11, por exemplo, movimenta R$18 milhões por dia. Já o SNEL11 tem volume menor, de R$350 mil.

Distribuição de dividendos e frequência 

Uma das grandes vantagens é a renda mensal. Pela lei brasileira, os fundos devem distribuir 95% dos lucros. O HGCR11, por exemplo, paga dividendos todo mês desde 2018.

Os valores variam conforme o desempenho. Alguns fundos pagam acima de 0,5% ao mês. Outros, em setores mais estáveis, oferecem menos, mas com regularidade.

Liquidez e horários de negociação 

As cotas são negociadas na B3, de segunda a sexta. O melhor horário é entre 10h e 16h, quando há mais compra e venda. Fora desse horário, a liquidez cai.

Casos como o KISU11 mostram o potencial. Em 2024, ele já acumulou 18% de valorização. Isso sem contar os dividendos recebidos mensalmente.

Vantagens de incluir FIIs na sua carteira 

Investir em cotas pode transformar sua estratégia financeira. Com benefícios que vão desde renda recorrente até proteção contra a inflação, esses ativos se destacam no mercado.

Renda passiva com dividendos mensais 

Um dos maiores atrativos é a possibilidade de receber dividendos todo mês. Diferente de outros investimentos, que pagam semestralmente ou anualmente, aqui o fluxo é constante.

Um exemplo real: um portfólio com 10 cotas diferentes pode gerar até R$2.500 mensais. Casos como o HGBS11 e KNRI11 já ajudaram aposentados a complementar 80% da renda.

Diversificação e proteção contra inflação 

Ter esses ativos na carteira reduz riscos. Enquanto as ações oscilam muito, imóveis tendem a se valorizar com o tempo. Dados históricos mostram que, em 7 dos últimos 10 anos, eles superaram o IPCA.

Comparado à poupança, o desempenho médio é 130% melhor. Isso significa mais proteção para seu dinheiro.

Acessibilidade para pequenos investidores 

Começar não exige muito capital. Enquanto um imóvel físico custa centenas de milhares, cotas como RECR11 saem por R$8,44. Até com R$50 já é possível dar o primeiro passo.

Muitas corretoras ainda oferecem reinvestimento automático de dividendos. Assim, seu dinheiro trabalha sozinho, aumentando os ganhos com o tempo.

Riscos e desafios dos Fundos Imobiliários 

Todo investimento tem seus pontos de atenção, e com os FIIs não é diferente. 

Conhecer os possíveis obstáculos ajuda a tomar decisões mais conscientes e evitar surpresas.

Variação de preços das cotas 

As cotas podem oscilar bastante, mesmo em fundos sólidos. Em 2024, o HPDP11 teve queda de 8,7%, enquanto o FIGS11 recuou 6,2%. Isso mostra como o mercado pode ser volátil.

Fatores que influenciam:

  • Mudanças nas taxas de juros
  • Desempenho dos imóveis no portfólio
  • Expectativas do mercado

Dependência do cenário econômico 

A pandemia mostrou como esses ativos são sensíveis. Enquanto shoppings sofreram, galpões logísticos tiveram alta demanda. Cada setor reage de forma diferente às crises.

Casos reais:

  • FIIs de lajes corporativas ainda não se recuperaram plenamente
  • Setor de saúde cresceu 22% no mesmo período

Taxas de administração e desempenho da gestão 

Alguns fundos cobram taxas entre 0,5% e 2% ao ano. Estudos mostram que isso pode reduzir os rendimentos em até 15% no longo prazo. Vale comparar antes de investir.

Como monitorar:

  • Acompanhar os relatórios mensais (ex: HGLG11)
  • Verificar histórico da equipe gestora
  • Comparar desempenho com benchmarks

Dados do Funds Explorer indicam que cerca de 23% dos FIIs estão com P/VP acima de 1,2. Isso pode sinalizar sobrevalorização em alguns casos.

Como escolher os melhores FIIs para investir 

Investir fundo imobiliário

Selecionar os ativos certos exige análise cuidadosa e conhecimento das métricas essenciais. 

Com mais de 400 opções na B3, filtrar as melhores oportunidades faz toda diferença nos resultados.

Analisando P/VP, rendimento de dividendos e liquidez 

O P/VP (Preço de Mercado/Valor Patrimonial) indica se a cota está barata ou cara. 

Valores abaixo de 1 significam que você está comprando com desconto. Já o DY (Dividend Yield) mostra o retorno em dividendos. O MXRF11, por exemplo, oferece 12,8% ao ano.

A liquidez é outro fator importante. Fundos com volume diário abaixo de R$1 milhão podem ser difíceis de vender quando necessário. 

Entendendo o setor e a estratégia do fundo 

Cada segmento tem dinâmicas diferentes. Shoppings dependem do consumo, enquanto galpões logísticos se beneficiam do e-commerce. O SNAG11, caso de sucesso no FIAGRO, alia imóveis rurais com commodities.

Principais pontos para avaliar:

  • Qualidade dos imóveis no portfólio
  • Experiência da equipe gestora
  • Alinhamento com ciclos econômicos

Fontes confiáveis para pesquisa 

A Suno Research oferece relatórios detalhados sobre diversos ativos. Já o Funds Explorer permite filtrar por setor, DY e outras métricas. Comparar dados de múltiplas fontes aumenta a segurança na decisão.

Dica prática: crie uma lista com os 7 critérios essenciais antes de investir. 

Inclua itens como:

  • Histórico de pagamentos
  • Diversificação geográfica
  • Taxas de administração

Com essas ferramentas, você identifica oportunidades como o RECR11, que apresenta DY de 11,2% e boa liquidez. A análise criteriosa é o caminho para construir uma carteira sólida.

Fundo Imobiliário: um aliado para os objetivos financeiros 

Construir riqueza com ativos reais nunca foi tão acessível. Projeções da XP indicam que o mercado de FIIs deve alcançar R$500 bilhões até 2026, mostrando o potencial desse investimento.

O segredo está no equilíbrio. Combinar esses ativos com ações e renda fixa cria uma carteira diversificada. Comece com R$100 em uma corretora e acompanhe seu patrimônio crescer mês a mês.

FAQ 

O que é um fundo imobiliário (FII)? 

É um investimento coletivo que reúne recursos de vários investidores para aplicar em imóveis ou recebíveis do setor. Funciona como um condomínio, onde cada participante compra cotas e recebe parte dos rendimentos.

Quais são os tipos de FIIs disponíveis no Brasil? 

Existem fundos de tijolo (que investem em imóveis físicos como shoppings e galpões) e de papel (que focam em recebíveis como aluguéis e financiamentos). Há também FIAGRO (agronegócio) e fundos de fundos (que investem em outros FIIs).

Como começar a investir em FIIs? 

Basta abrir conta em uma corretora, transferir o dinheiro e comprar cotas na bolsa de valores, como se fosse uma ação. Negociações acontecem em horário de pregão, com liquidez diária.

Quais as vantagens dos fundos imobiliários? 

Eles oferecem renda passiva através de dividendos mensais, protegem contra a inflação e permitem investir em imóveis de alto valor com pouco dinheiro. São uma ótima forma de diversificar a carteira.

Quais os riscos desse tipo de investimento? 

As cotas podem oscilar de valor conforme o mercado, e o desempenho depende da gestão do fundo e do cenário econômico. Taxas de administração também impactam os rendimentos.

Como escolher os melhores FIIs? 

Analise indicadores como P/VP (preço sobre valor patrimonial), Dividend Yield e liquidez. Entenda o setor de atuação do fundo e consulte plataformas especializadas como Suno Research e Funds Explorer para tomar decisões informadas.

Qual a diferença entre FIIs e outros investimentos em imóveis? 

Diferente de comprar um imóvel físico, os fundos não exigem grandes quantias iniciais, burocracia ou manutenção. Também proporcionam liquidez imediata, já que as cotas são negociadas na bolsa.

Com que frequência os dividendos são pagos? 

A maioria dos fundos distribui rendimentos mensalmente, mas alguns podem ter periodicidade trimestral. O valor varia conforme o desempenho dos ativos e as regras de cada FII.

Esperamos que este artigo tenha esclarecido suas principais dúvidas sobre Fundo Imobiliário, e se você é corretor de imóveis ou gestor de imobiliária também deve investir em seu próprio site imobiliário.

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