Mercado imobiliário: Tendências para o 2º semestre de 2018
Tecimob
Seja quem se casou e quer dar entrada na casa própria, quem decidiu sair da casa dos pais, quem não aguenta viver mais de aluguel, quem resolve mudar de cidade… existem muitos perfis de pessoas que desejam adquirir um imóvel. Mas com a crise econômica que o Brasil atravessa, fica uma forte dúvida sobre o momento de fazer isso. Muitos perdem o sono só de imaginar a possibilidade da compra de apartamentos novos e não conseguir pagá-los por ser demitido do emprego, por exemplo. Fique calmo.
A situação para o segundo semestre é bem melhor do que parece. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), este ano promete ótimas surpresas para quem quer se jogar nessa empreitada: as vendas de imóveis residenciais no Brasil em 2018 devem aumentar aproximadamente 10% se comparada com o ano que passou. Listamos abaixo alguns dos fatores que mais devem influenciar esta tendência.
Caixa Econômica demonstram otimismo
As instituições bancárias estão otimistas para o próximo semestre. Para se ter uma ideia, a Caixa Econômica Federal (CEF), instituição que responde por quase 70% das operações para compra da casa própria no Brasil, divulgou que em 2017 sua carteira de crédito de habitação fechou com o incrível saldo de R$432 bilhões, um aumento de 6,3% no índice de volume de empréstimos se comparado com o que foi realizado em 2016. Com esta melhora, o orçamento reservado para 2018 se manteve no mesmo índice de 2017: R$80 bilhões.
Taxa Selic se manterá em um patamar baixo
Recentemente os jornais noticiaram mais uma queda consecutiva na taxa Selic que chegou ao menor índice (6,5% ao ano) desde sua criação no ano de 1999. No primeiro mandato de Dilma Rousseff teve início um aumento gradativo da taxa que chegou a mais de 14%. Levando em conta que uma Selic baixa representa menores gastos nas atividades econômicas, isso significa que estamos em um momento propício para investimentos a longo prazo, como a compra de apartamentos novos. De acordo com estimativas de consultorias voltadas para economia e negócios, a Selic deve se manter neste mesmo patamar até o fim de 2018 – o que irá aquecer ainda mais o mercado imobiliário – independente de quem será eleito presidente nas eleições de novembro.
Mudanças no Programa Minha Casa, Minha Vida
Um outro ponto que influencia diretamente o mercado imobiliário é a série de mudanças feitas pelo Governo Federal no programa Minha Casa, Minha Vida – voltando para a compra de imóveis por parte da população de baixa renda. Algumas regras foram alteradas para ampliar o acesso aos créditos imobiliários como, por exemplo, a ampliação do limite da renda dos que tem direito a aderir ao programa: desde o fim de 2017 esse limite subiu de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. Isso deve aumentar a busca por novos imóveis por parte de pessoas com esse perfil.
Mudanças no FGTS ainda influencia o mercado
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, mais conhecido como FGTS, é historicamente o caminho mais utilizado pelos brasileiros para comprar apartamentos ou casas novas. Em linhas gerais, trata-se de um dinheiro depositado na conta do profissional pela própria empresa e que pode ser retirado em situações extremamente pontuais, como para tratamento de doenças graves ou mesmo a compra de imóveis. No intuito de reaquecer a economia brasileira, o governo Temer autorizou – no final de 2016 – o saque das contas inativas do FGTS. Diante disso, muitas pessoas decidiram pegar esse dinheiro para quitar seus imóveis ou mesmo dar entrada em um novo. A tendência é que isso ainda influencia o mercado imobiliário neste ano.
Conclusão
Nossa conclusão não poderia ser melhor: o ano de 2018 ainda será ideal para a compra de apartamentos novos diante de uma retomada – mesmo que tímida – da economia brasileira.
Por outro lado, isto pode levar a uma corrida pelos imóveis e a consequente elevação de preços a partir de 2019, já que o estoque de opções vem diminuindo consideravelmente.