Sou corretor: preciso saber uma língua estrangeira?
Tecimob
Você sabia que o mercado imobiliário brasileiro não recebe investimentos apenas nacionais? Anualmente milhares de estrangeiros chegam ao país para diferentes fins, a exemplo de intercâmbios, trabalho, estudo, turismo e serviço voluntário, entre outras atividades que demandam uma moradia.
De acordo com a Polícia Federal, o número de estrangeiros no Brasil supera o número de 940 mil. E, com a proximidade dos jogos olímpicos, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo, ainda são esperados mais 400 mil visitantes internacionais em nosso país. Trata-se de um nicho interessante para ser explorado não apenas pelos segmentos de hotelaria e turismo, que já se movimentam para atender esse público, mas também pelo mercado imobiliário.
Entretanto, para explorar esta oportunidade há uma pequena exigência: a necessidade de se comunicar em outro idioma. Nesse contexto, o profissional que fala uma segunda língua está a frente dos demais.
Aumento das oportunidades
Uma pesquisa conduzida pelo o Sistema Cofeci–Creci apontou que 60% dos corretores de imóveis credenciados disseram conhecer pelo menos uma língua estrangeira. Em primeiro lugar está o inglês, em segundo o espanhol e seguidamente o francês. Apesar do percentual relativamente alto, somente 30% dos profissionais afirmam ter contato com investidores de outros países.
Veja algumas das vantagens de saber uma segunda língua:
1. O corretor que fala o idioma do cliente conseguirá passar uma ideia maior de credibilidade e confiança;
2. O profissional se torna referência no mercado;
3. Recebe mais indicações;
4. Aumenta a network;
5. Tem à disposição um segmento pouco explorado;
6. Estrangeiros só podem fazer uma transação imobiliária com a intermediação de um corretor – e este pode ser você.
Principais públicos e focos de atuação
Como existem diferentes perfis, é importante estar preparado para atender a um ou mais tipos de clientes estrangeiros. Entre eles, vale focar a atenção nos seguintes:
Estudantes estrangeiros
Da mesma forma que se tornou comum os estudantes brasileiros irem a outros países para estudar, os jovens estrangeiros também se mostram interessados em vir para nosso país. De acordo com dados do Ministério do Turismo, o número de estudantes de outras nacionalidades cresceu de 66 mil, no ano de 2003, para mais de 108 mil em 2014. Atentar- se para esse público pode ser uma aposta interessante. Para isso, é importante captar imóveis que estejam próximos a escolas conceituadas e universidades, para que, assim, você consiga mais indicações de estudantes estrangeiros.
Profissionais estrangeiros
Não são raras as contratações de profissionais de outros países por empresas brasileiras. E estes profissionais procuram tanto imóveis temporários quanto imóveis para venda.
O Ministério do Trabalho e Emprego autorizou a entrada de 18.213 estrangeiros no último semestre do ano passado. A maior parte, 17.026 (93%) declararam que ficariam no país por um período pré-determinado. Ou seja, grande parte deles busca imóveis para locação, principalmente para um curto período de tempo, o que demanda condições específicas que o corretor precisa levar em conta.
Participantes e profissionais de eventos
O corretor pode atuar na tentativa de oferecer imóveis para quem vai trabalhar ou participar de eventos internacionais. Alguns deles, inclusive, demandam meses de preparação e é bom estar preparado previamente para atender esse público. E as Olimpíadas podem ser um bom começo, uma vez que, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), espera-se a chegada de 400 mil turistas estrangeiros para este evento esportivo.
Planejamento ainda é a chave
Como é possível perceber, o Brasil está recebendo cada vez mais pessoas de outros países. Nesse sentido, o corretor precisa se planejar para atender a esse novo tipo de clientes e estar por dentro das cotações das principais moedas estrangeiras. Se você já fala um segundo idioma, este é o momento certo para alavancar suas vendas.